Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

sábado, novembro 12, 2005

Mar da Inglaterra

Sinto-me a flutuar na água… Tenho os olhos fechados, mas consigo ver tudo em meu redor, com uma clareza que nunca tinha experimentado antes. Estou coberta de pétalas vermelhas suspensas no ar, flutuando sobre mim e toda a água, não me deixando ver o céu. Tenho um longo vestido branco que dança comigo ao sabor das ondas. Há muito que fiquei paralisada pelo frio intenso da água.
É a primeira vez que não receio o destino. Não sei para onde este ondular me leva, mas não me importo. Acredito que vou chegar a um lugar muito melhor que aquele que deixei para trás. Talvez te encontre flutuando também nestas ondas, P. Perdido no mar como uma vítima de naufrágio. Dentro de um baú fechado, esperas que alguém te descubra. Impacientemente, contas as horas num relógio que o tempo já parou. Cansado pelo tempo já parou… E tu continuas brilhando dentro da caixa de madeira, desejando que ela não quebre. A solidão faz-te apenas brilhar mais e mais, e recear o dia em que essa força, repentinamente, desaparecerá e te fará afundar. És o tesouro que não se pode perder, com demasiado valor para se perder onde ninguém o irá encontrar: no fundo do mar.
Pode ser que há deriva, oscilando lentamente, passes por mim. Então, estender-te-ei a mão, se conseguir, para juntos navegarmos até onde o mar da solidão eterna nos quiser levar. Somos os pobres condenados a viajar na sua água interminável. Mas viajaremos juntos. Teremos sempre o melódico som do silêncio e as nossas vozes sussurrantes para nos acompanhar.
Deixo-me levar no melancólico ondular das ondas e contemplo a paragem do tempo. Perdida no espaço e no tempo, observo o ondular da minha própria melancolia.

WE WILL DROWN FOREVER BLUE IN THIS COLD WATER.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Adorei.....
Solidão...q sentimento cruel.
Q curroi a alma, q nos mata e destroi...
bem , esquece la isto...
Beijo grande..
Adoro ler, vou ler semp tudo o q publicares, e de certo a plicar de certa forma na minha vida..
Adoro-te Sister.

1:58 da tarde, novembro 14, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Dear Princess
é terrivel o sentimento de perda e de solidão.
Tentar alcançar algo que nos foi retirado com tanta crueldade... E PORQUÊ?
A viada é um mar, sem dúvida, umas com mais ondulações...
A minha é tão ondulado que já não consigo ver nada adiante...

Bejux Ganex
Phantom

11:17 da tarde, novembro 14, 2005  

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