Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

domingo, dezembro 11, 2005

O labirinto fechado

Tenho, agora, o pior Purgatório, em vida. É tempo de melancolias maiores, daquelas que não se dizem de sorriso nos lábios nem se pintam a aguarela. Dantes, observava o deitar do Sol e sentia o convite das brisas para brincar. Agora, observo as mesmas paredes, sempre iguais, e risco as páginas da vida, confusamente. Escrevo a tinta invisível. As folhas permanecem em branco, tempo que foge de mim e me deixa reclusa.
Quanto aguenta um corpo? Mais que este fraco coração cansado de sentir. Lembro-me dos tempos em que irrompias pela escuridão e espargias luz clara e remidora. Vinha de ti, tinhas luz própria como os astros… Salvavas-me da incompreensão e deste museu da Inquisição em que a minha casa se tornou. Querem que eu seja a escrava que sofre todos os tormentos do mundo e que nada tem direito a dizer. Sabem a tortura por que passo e desprezam ou simples ignorância? Não quero acreditar no narcisismo do que é vil, mas toda esta gente tem os seus tormentos em tronos de ouro. Adoram-nos e querem o reconhecimento de cada ser pensante. Não, o mundo não pode viver cada parte por si.

Apenas tu me podes salvar, mas até a tua presença me falta. Giro mais depressa que este planeta, na esperança de te encontrar. Tenho visto: nestes lugares ninguém conhece a simpatia, mortificam-se, privam-se da alegria. Antes quero morrer a tentar do que a proferir lamentos… Desce até mim como um foragido da morada divina, leva-me contigo e faz-me sentir, para todo o sempre, compreendida.

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Drawing by Nuno Jorge (THE artist!).
Please, click the image to see it in full size.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cmo eu te queria ajudar...
Cmo te compreendo, apenas queria q ele soubesse o quanto o Amo,e o q demais tnh pra lhe dar...
Cmo poderiamos ser felizes...
Aiiii...
Adoro-te Sister

12:29 da manhã, dezembro 28, 2005  

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