
As janelas são uma extensão da claustrofobia em que o meu corpo está detido. O meu vestido de medo não me deixa caminhar nem amar. Demasiado justo para conseguir esboçar um movimento. Tenho o coração apertado e molestado. Sangra por mim e por ti, pelo romance que não foi. A luz chega até mim, não chego eu até ela… Contorço-me na beleza inútil de um vestido vermelho de sangue…
Já não levito sobre o meu corpo. As asas são apenas mais um peso que não conseguem erguer a alma. Tenho o corpo colado ao frio do chão, e a minha esssência perdida um pouco por tudo o que conheci. Pergunto-me: todos os que me amaram, lembrar-se-ão eles de mim? Pois não vejo mais para além de uma casa vazia. Ninguém para me dar a mão, ninguém para fazer este corpo respirar... A realidade é crua. Fere e tortura uma alma longe de vazia, num corpo cuja força dança perto de um precipício. Lá em baixo as rochas, aquele não mais voltar.
Nos meus sonhos, já estou presa à realidade.
Tenho a alma como uma vã qualidade.
Já não escrevo poesia,
Conto a solidão a que foram condenados os meus dias.
Conto portas e janelas fechadas
Num mundo onde a liberdade e a alegria me foram negadas.
2 Comments:
Tudo realidade de uma simples princesa...
Cmo eu gostava de te puder ajudar, mas de momento n tnh feito nada...Desculpa, mas tb n me encontro em posição de te ajudar, mas acredita q tas semp n meu pensamento...
Adoro-te Sister...
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