Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

terça-feira, janeiro 16, 2007

Desejo a Liberdade
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É noite cerrada e o rouxinol, sozinho, chora. Quão injusta pode ser uma vida? Vem, eu mostro-te, pois também eu ando perdida. Desconheço deste labirinto a saída, mas sei que as nossas lágrimas não podem guiar os nossos passos até ao ambicionado lugar. Não busco o Paraíso, apenas algo que nos meus lábios desenhe um sorriso. Sei bem, rouxinol, custa tanto estar neste mar de mágoa à deriva, buscar no escuro a luz quando se é cego. Decidi: ao destino me entrego, vou onde ele me levar, pois acredito que não existe pior lugar. Vamos, apenas temos uma imperfeita vida a perder e ela, assim apenas nos faz doer. Não importa, não importa. Pois apenas temos uma existência que segue uma sina torta. Por vezes, o desespero é tanto que desejo morrer. Mas não eu quero viver! Apenas ambiciono deixar de, em vida, desfalecer.

Rouxinol, eras a beleza da eternidade, mas até ao que é belo morre a liberdade. Estamos perdidos, sim, mas o nosso livro não termina assim. Mais umas quantas páginas, mais umas tristes lágrimas e teremos, para o nosso sofrimento, o FIM.

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Pintura de Manuel Soza.