Dou a minha casa terrena pelo mar, as negras sinfonias por um simples búzio conhecedor das melodias com cheiro a maresia. O louco maestro tinha medo que os seus movimentos gelassem no frio. Nunca conheceu a praia, os lamentos do mar. Nunca fui uma grande artista… Cantei sempre fora do meu tempo, fora do meu tom... Corri mais depressa que o relógio e agora tropeço na minha própria sombra. Como o mar que se enrola e nunca chega mais longe, eu vivo presa no relógio que nunca me dá a desejada permissão para quebrar o vidro e voar. Gostava de poder beijar-te como o mar beija a areia. Fiel, ser-te-ia. Mas cativa do relógio, ainda espero esse dia. Tanta beleza nesta melodia.Esperança.


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