Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Que espada de algodão me atravessa a alma?.. De olhos vendados, experimento um fulgor que não me deixa ver. Cega para o mal que me rodeia, tenho uma ingenuidade tardia, própria de quem nasce por entre as rochas e morre na foz. Um caminho de valorização de uma alma que julguei perdida por sentimentos de rígida expressão. Cheguei a não sentir dor, a não saber chorar pelo que sentia. Agora, sei que também se chora de alegria, que a esperança é o alimento da vida, aquilo que a leva até à foz e não a deixa morrer na areia…

Deitada na água reparei que não é o universo que segura a estrela. É ela que o sustenta com beleza, a referência para beijos invocados com intenso amor. Escolhi uma que sabia que nunca iria cair, coloquei-lhe debaixo dos pés o tapete dos trapezistas. Um circo de acrobacias e malabarismos que não soube aprender. O espectáculo de um sorriso na face de alguém, na minha face. Como que por magia, surgiu com uma carícia tua. Não receias que a rapariga te arraste, sem força que a segure a ela própria?... Quero oferecer-te toda a luz deste mundo…
Ofereço-te um guarda-chuva que te proteja e equilibre nesta fina corda. Algo que, sobre a tua cabeça, te lembre do amor que te tenho e que te segure, com doçura, ao céu da alegria que vivo.

Corro contigo neste rio, terás o meu amor até chegares à tua foz… Mas até a foz, amor, é uma simples ponte de passagem para a outra margem. O meu amor por ti viverá para sempre na imortalidade.