Segura bem o teu barco, amor, pois a vida é mesmo assim: uma furiosa tempestade. Roubaram-me os piratas quando te queria a ti. Roubou-me o meu destino antes que a morte me roubasse a mim. Cansada de fazer dançar a incerteza, de cantar presa ao mastro, lancei o meu corpo ao mar. Nada mais me interessava para além da liberdade, da melodia delicada feita hino, da bailarina a dançar fora da caixinha de música... As ondas eram lágrimas. Tantas que eu chorei que acabei por naufragar no meu próprio corpo. Via um mar de rosas, na inconsciente esperança que suspirava por ti. Resgataste a minha alma numa noite em que já não me lembrava de mim. O corpo ainda permanece por encontrar. Ajuda-me a procurar esse bem que não me veste a alma, pois sem ele não te posso aconchegar, não te posso abraçar... Segura bem o teu barco, amor, pois nele navego contigo.


3 Comments:
linda e forte a imagem mental que o texto evoca.*
Sim, sister, n navegas sozinha...
O teu barco leva tudo, tudo....
Adoro-te sister.
I miss you
Cat
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