Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

domingo, fevereiro 18, 2007

Ponte
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Esta noite contei desejos e preces, pois julguei, minha Vida, que tu me ias morrer. Fiquei acordada e, junto à solidão, acabei por sentir o dia nascer. Olhámos o meu relógio e vimo-lo vazio de horas. Nele, apenas uma melodia que chora esquecida de mim. Para quando o fim? Sei que ele me olha, mas onde não sei. Ah, aquela liberdade que nunca me proclamei… Toda a gente está feliz, mas a mim essa palavra ninguém diz. Tenho lágrimas e sangue em vez da doce felicidade. Não desisto da vida, não agora. De viver tenho eu muita vontade. Julgam-me louca, mas deviam saber que uma grande lágrima, para afogar toda esta dor, é muito pouco. Se não acabei até agora, poderia achar-me detentora de algum bem eterno, mas não desejo uma longa vida, pois também não quero mais Inferno. Sobre as flores da existência está um veneno, não existe beleza nem certeza de que a ventura nasce em nós. O rio morreu na foz, um sentimento atroz: assim é qualquer um que sinta. Um bom coroação que até no lugar do amor encontra apenas dor. Se ele soubesse o quanto desejo o seu calor…

Que se esvai ao longe no horizonte? Afirmo que não será a minha vida. A esperança é, em mim, sentida e penso que se ergue uma ponte.

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Pastel by Elise Savage.