Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

sexta-feira, abril 13, 2007

Dia de Tempestades
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Mandava-os a todos para o Inferno, se não estivesse lá a morar. Não, isto não pode ser pagar, pois nenhum mal fiz nesta vida que nunca quis. Não escolhi, mas há quem pense que esta realidade me fica muito bem a mim. O tempo que perco apenas é meu e ninguém se preocupa com o que não é seu… Mártir de predilecção e nunca ninguém lhe dá a mão. Vocifera dentro de mim uma agreste tempestade, dêem-me calma e um pouco de liberdade. Não quero morrer de tudo consciente, mais valeria estar completamente demente. Já dancei com a dama de negro tanta vez e nada temo, apenas receio os homens que me fazem crer na minha pequenez.

Nunca tão em baixo, sinto que estes ventos me torturam. Pergunto quando e parece que a resposta é nunca… Acredito nas palavras, embora saiba que muito pode ser o que elas turvam. Creio em tudo e nem sei porquê, talvez porque sou incapaz de conceber tamanha malvadez.

Acredito no jardim sem fim, no lugar soalheiro onde ele mora, mas esta dor é maior que tudo. Enche-me o coração de lágrimas e, na tempestade, ouço o clamor que chama pelo meu amor. A minha vida está ferida, mas enquanto a tiver jamais estará vencida.
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Foto de Pedro Mendes (Para sempre, os filhos da tempestade...).