Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

O eufemismo de um corpo, a prisão de uma alma e das suas intenções. Beleza chorada numa tarde de Verão, como tinta que escorre de um livro afogado. Não quero estas palavras, esta solidão… Não sei contra quem atirar as facas, não sei contra quem me revoltar. Contra este frio chão? Ele abraça-me sem amor, não me deixa levantar e correr para os braços de quem me quer bem. Dentro deste peito, morrem rosas cansadas de esperar pela prometida Primavera eterna. Disseram-me que nada é perpétuo, aquele mesmo “alguém” sem rosto que já tentei apunhalar, o proferiu. Serei indigna de um sonho concretizado? Todos me têm virado as costas, todos os dias a mesma tempestade. Cruel: a glória deitada ao chão.

Os dias são intermináveis, abraçá-lo-ei antes de o seu sentimento partir? Bem sei, se ele for, parte sem mim. Mais uma bailarina limparia as suas lágrimas, por um espectáculo em que ela nem sequer dançou. Teme perder os aplausos com que sonha, guarda os monstros debaixo da cama, tantos que ela já nem os consegue nomear… Durante a noite, desassossegam-lhe as ideias e escurecem-lhe os sonhos até restarem apenas pesadelos. Ossos sem carne, espírito sem corpo, beleza sem amor por si mesma… Despojos no chão sobre os quais ainda fazemos poesia. Queremos o sonho e a carícia da realidade. Mas, e a verdade?... Esta esperança não me deixa desfalecer, mas ainda este medo de te perder salta com todos os outros monstros sobre a mina cama…

A beleza é a tua. A minha, apenas o eufemismo de um corpo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá princesa linda...acabei de ler o teu post é lindo, gostei imenso, algo que mais uma vez me fez pensar...tu sabes o quanto as tuas palavras me fazem pensar e repensar. Espero que não te tenhas esquecido de mim e dos poucos momentos que vivemos juntas, foram poucos mas o suficiete para sentir aquilo que sinto por ti: um enorme carinho...beijão e nunca te esqueças que fazes parte do meu coração amiga!!!
Gizela

3:47 da tarde, janeiro 24, 2006  

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