Persistem as memórias, numa lenta cadência… Persiste o amor, essa doce dolência. Não se perdeu nem no tempo nem na distância, entrou e fechou mais uma porta, chegou e inscreveu-se em mim por trilhos de medo, numa caligrafia torta. Posso condená-lo a uma morte precoce?... Avisei-me tanto… Fria como o Sol, penso em momentos perdidos, em pássaros no topo de flores, chorando a morte de um outro que eu devolvi à terra. Crescerá ali uma flor, num lindo chilrear, as suas melodias nunca me irão abandonar. Fechei os olhos como ele, mas já te via até enquanto dormia… Arranco as minhas entranhas pedaço por pedaço, na tentativa de chegar até ti. Em vez disso, encontro melodias cantadas pelo defunto colibri, sons que me enlouquecem, melodias que de mim me esquecem. Aponto-te o dedo como a razão para o desmoronar de tantas valiosas coisas em mim, um enfermo corpo e uma distorcida mente.
Os pássaros enterram-se na terra, procuram a companhia do outro. Entre o Céu e a morte, uma estranha guerra. Perco-me nestas linhas tortas. Entre mim e o amor, um fado por ti cantado.


2 Comments:
"Perco-me nestas linhas tortas. Entre mim e o amor, um fado por ti cantado."
Q saudades....
Ninguem sb o verdadeiro sentido d Amor, não...
Tui sbs o q é, tu sbs o q é realmente Amar..
Cmo tu Amas, q forma linda...
Q saudade.
Adoro-te Sister
"A beleza não faz sentido. E uma ilusão da mente."
Q verdade, cruel...
Adoro-te Sister Princess.
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