
Vejo um corpo privar uma pessoa de amar. Como se ele não fosse suficientemente forte para erguer o triunfo do amor sobre todo o mal que não escolheu levar consigo… Toda a alma vive à margem do que a contém, mas ela é invisível para os olhos que a tocam. Um sorriso… dir-te-ia ele algo? Despe-te das palavras, um dia, e tenta compreender. Olha para um corpo estático e vê-o dançar. Uma vida em paralelo, aquela de quem não quis acreditar, de quem receava amar e perder. Concedo-ta, uma vez mais nas mãos de quem a poderia moldar, dar uma nova forma menos sinuosa, virtuosas mãos seriam… Com giz que escreva sobre a ardósia, caminhos de luz que levem a escuridão a conhecer a alegria do Sol.
Perdi a estrela da manhã, Vénus deixou-me sozinha, zangada com o amor. Nomeio incertezas, desejo numa maçã tragada. Amor perdido, bem que passa por mim e não é agarrado… Depois será tarde, o Sol já se terá deitado. Leio contos de fadas pela madrugada dentro, seguro estrelas cadentes para ti… Toco ecrãs de tela, tenho esperança que as personagens secundárias assomem de dentro da luz, dizendo que esperam os que enredam a principal história… Seremos nós?... A manhã está quase a chegar para nos acordar. Vagueias pela sala enquanto todos dormem, que tens uma cidade a teus pés, vidas para proteger… Sustentas universos com o teu olhar, a beleza dos detalhes que apenas tu vês.
Toco a tela apagada, uma vez mais. Ainda a sinto quente, sinais de vida que por aqui passou numa constante intermitência. Os momentos em branco, o pó da ampulheta que caiu e desapareceu, todos eles ausentam a luz deste meu filme tão longínquo quanto as velhas películas que guardas no teu coração.
Apenas vejo de olhos fechados. Uma rapariga convida alguém a dançar à chuva, sem câmaras, sem música… Loucos parecemos, cantando sem voz o que não ouvimos. Vivo a alegria quando chegas, mas não te toco com receio de te magoar. Também sentes a minha dor… duas almas que sempre viveram lado a lado, sem o notarem. Poderá um filme findar sem ter alguma vez começado? Os meus ideais são irreais, nasceram do surrealismo e erguem castelos com alicerces feitos de impossibilidade, fortalezas que tremem com o timbre da tua voz. Fecho os olhos para ver… Continua a chover sobre nós, somos abençoados… O arco-íris nos teus olhos, acredita no Sol num dia de chuva. És a luz que beija as minhas lágrimas e transforma toda a tristeza em cor... Quero aquela rapariga dançando à chuva para sempre, a tua esperança é a minha esperança…
2 Comments:
Apenas um sorriso...
Algo que nunca se nega a ninguem...
Somente esse sorriso, poderia mudar a tua vida...
Anseias ainda hoje por ele.
Como o teu Amor é verdadeiro, puro...
Apenas um sorriso, o teu sorriso. Me deixaria feliz...
Adoro-te Sister Princess...
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