Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

A minha foto
Nome:
Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

domingo, janeiro 01, 2006

Um barco no deserto

Somos os perdidos nesta terra ausente dos mapas dos navegadores. Repetimos a palavra “nunca”, para sempre. Continuamos a tentar o que já falhou, fazemos aquilo em que não acreditamos… Somos quem a vida levou a desacreditar do amor; e em relação a ela, apenas uma palavra: desencanto. Prometeram-me muito mais do que isto… Mas se isto é o prometido, tenho uma alegria que dói, um afecto que me acaricia com espadas acutilantes e um talento que cria obras de arte inacabadas

Esta solidão não nos une. A revolta faz esquecer quem nos quer bem… Passamos a tudo odiar, até o pouco que temos. Não dou mais que um passo: receio cair no mar. Continuamos frente a frente, à espera que o outro decida partir numas asas iguais às que levaram Ìcaro a conhecer o Sol, e a depois, perder-se… Repetimos a palavra “nunca”, sem ceder. Olhamo-nos nos olhos sem cair nos braços um do outro. Queremos o amor e a liberdade. “De que serve uma coisa sem a outra?”, perguntas… Vale de pouco, é verdade. É como ter barco, num deserto. Sem mar não pode navegar… Mas o barco pode servir-nos de casa, este sentimento.

Quem tudo perdeu, não ambiciona mais que o barco.
Mas tu não o entendes e continuas a repetir a palavra “nunca”, para sempre…

2 Comments:

Blogger Eric Vaz said...

Adequado ao texto, recomendo a leitura de “Les chemins de Liberté” de Jean-Paul Sartre. Cito: “O epicurismo desiludido, a indulgência sorridente, a resignação, a seriedade de espírito, o estoicismo, tudo isso que permite apreciar, minuto a minuto, como bom conhecedor, uma vida falhada” in Sartre, “Les chemins de Liberte – L’Age de Raison”

6:52 da tarde, janeiro 01, 2006  
Anonymous Anónimo said...

"Repetimos a palavra nunca, para semp.
Somos quem a vida levou a desacreditar no Amor...
Quem tudo perdeu, não ambiciona mais q o barco."
Q mais direi eu?
Ninguem nunca ira entender o verdadeiro sentido, Amor/Liberdade...
De vale um sem o outro?
De q vale Amarmos, sem q o conjuges de o verdadeiro valor a este brilhante sentimento?
D q serve, darmos tudo por outra pessoa, se o q recebemos é um grande e simples pedaço de nada?
D q é q serve Amar?
Adoro-te Sister...
Take care.

9:48 da manhã, janeiro 03, 2006  

Enviar um comentário

<< Home