Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

sábado, outubro 21, 2006

Soneto
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Anjo despido de vida, por que andas tão perdida?... Dêem-me a métrica da vida, a minha alma não cabe dentro de mim. Sou sofrida, encerrada num soneto de dor, tão curto que nem chego a encontrar o amor. Desfaleci em tempo de guerra, perdi a força e sei que as lágrimas não são válidas armas. Talvez o amor me elevasse das chamas, mas apenas sei que a mim ninguém me ama.

Dêem-me a métrica da vida, a minha alma não cabe dentro de mim. Sonetos, oh sonetos sem fim, libertem-me das amarras da dor! Dispam-me do meu corpo, não me obriguem mais a escrever torto nas entrelinhas do desencanto!... Com esta voz já não canto paixões, apenas me oiço temíveis prantos de desenganado amor. Podia ser tudo e nada sou... Porque não me ensinam a métrica da vida? Terei de continuar com a alma e o coração assim contidos? Tenho os passos perdidos na escuridão e ninguém me dá a mão. As palavras correm já sem tempo e com estes versos tardios não me contento. O amor me despiu o corpo, oh sonetos, dispam-me agora a alma! Percam-me e esqueçam-me, tal como aquele que das roupas me soube deslindar. Soneto da minha vida, a alma não precisa de corpo, permitam de mim me libertar!

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois é bem verdade o que dizes Princesa. Por vezes a alma não precisa de corpo ea minha desespera por se libertar.
Bjokas Ganix

7:13 da tarde, outubro 21, 2006  
Anonymous Anónimo said...

"...perdi a força e sei que as lágrimas não são válidas armas"

Entre muitos dos teus ensinamentos um deles foi q queixar e inutil, nao nos leva a nenhum lugar,q lamentarmo-nos d nossas vidas e inutil!
Tnh saudades, mtas..
Adoro-t princess Sister*
*Cat*

2:21 da tarde, outubro 22, 2006  
Blogger Mary Of Silence said...

Estes lamentos, estas palavras, são o único refúgio num labirinto sem saída. Uma forma de dizer sem exigir ao mundo inteiro que ouça. Os lamentos de nada servem; as palavras escritas aqui, perguntarei a quem as lê sobre a sua inutilidade. Continuo, pois não creio que elas sejam vâs.

*

3:44 da tarde, outubro 22, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Nao o sao nao, nao sao vas, pelo menos para mim, permitiram-me perceber que somos poucochinha coisa neste mundo, e nao é o dinheiro ou o poder, ou outra invençao humana que permitira desvendar essa verdade.
Pk eu, tu , nos... somos corpos com alma podemos aceitar ou nao a nossa condiçao... mas de toda a maneira acabamos por sermos submetidos a essa condiçao...uns mais que outros...sem qualquer razao...
abraço, doçura...
;)

1:35 da tarde, abril 30, 2007  

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