
Nas mãos não tenho valor algum para dar. Preferia dormir e não ser... NADA, NINGUÉM, podes crer. Cansada de doer, de ser rejeitada por uma felicidade que nunca conheci. Bati tanto à sua porta, com as mãos que nada valem. Dessa casa NADA, NINGUÉM para me abraçar e acarinhar. Havia uma bruxa na árvore, bonecas no chão, sapatos de bailarina meio enterrados na memória, de pé como se um fantasma quisesse pôr alguém a dançar. Limpei-os das ideias onde estavam afundados e calcei-os. Dancei e dancei, tão feliz que até a bruxa me parecia bem. Lembrei-me então, maldita memória, que no fundo não tinha NADA, NINGUÉM, que apenas dançava com uma lembrança escrita algures na minha pequena história de embalar. Descalcei-me e segui os morcegos que se riam assim: "Fada, vem dormir onde o dia não nasce e fica bem perto de mim". Perguntei-lhes se alguém me queria bem naquela noite eterna, reponderam-me "NADA, NINGUÉM aqui te deseja bem".
Acordei num pesadelo, neste lamento da meia-noite. Serei uma fada, enfim, amargurada e com uma mão cheia de NADA, esticada desde os confins do sonho triste, esperando que alguém diferente de NINGUÉM me alivie o peso de coisa alguma ter e de NADA ser.
2 Comments:
Eu num sou ninguem, nemtao pouco sou diferente..
mas posso-t dizer q tu es tudo....e q es uma mao cheia de coisas boas..
Talentos cmo os teus sao poucas as pessoas q tem..
e isso e de louvar.
Adoro-t sister...
As tuas palavras sao fantasticas..
Cat
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