Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

A minha foto
Nome:
Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

sexta-feira, julho 28, 2006

.
Escuta, nada dizem. Espera, ninguém vem. Lembro-me, maldita memória, das cartas sobre a mesa, aprumadas segundo o castelo ideal que tinha na minha mente. Recordo-me, amaldiçoada lembrança, das minhas mãos beijadas como se delas brotasse ouro. Neste peito, nasce bem triste, aquele sorriso que me pediste perdido em noite. Não encontro aqui... NADA, NINGUÉM. Conto medo, conto noites em branco, dias negros. Silêncio solitário, chuva da existência malograda... tudo conto e, no fim, a riqueza subtrai-se.

Nas mãos não tenho valor algum para dar. Preferia dormir e não ser... NADA, NINGUÉM, podes crer. Cansada de doer, de ser rejeitada por uma felicidade que nunca conheci. Bati tanto à sua porta, com as mãos que nada valem. Dessa casa NADA, NINGUÉM para me abraçar e acarinhar. Havia uma bruxa na árvore, bonecas no chão, sapatos de bailarina meio enterrados na memória, de pé como se um fantasma quisesse pôr alguém a dançar. Limpei-os das ideias onde estavam afundados e calcei-os. Dancei e dancei, tão feliz que até a bruxa me parecia bem. Lembrei-me então, maldita memória, que no fundo não tinha NADA, NINGUÉM, que apenas dançava com uma lembrança escrita algures na minha pequena história de embalar. Descalcei-me e segui os morcegos que se riam assim: "Fada, vem dormir onde o dia não nasce e fica bem perto de mim". Perguntei-lhes se alguém me queria bem naquela noite eterna, reponderam-me "NADA, NINGUÉM aqui te deseja bem".

Acordei num pesadelo, neste lamento da meia-noite. Serei uma fada, enfim, amargurada e com uma mão cheia de NADA, esticada desde os confins do sonho triste, esperando que alguém diferente de NINGUÉM me alivie o peso de coisa alguma ter e de NADA ser.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu num sou ninguem, nemtao pouco sou diferente..
mas posso-t dizer q tu es tudo....e q es uma mao cheia de coisas boas..
Talentos cmo os teus sao poucas as pessoas q tem..
e isso e de louvar.

Adoro-t sister...
As tuas palavras sao fantasticas..
Cat

8:51 da tarde, julho 31, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Here are some links that I believe will be interested

2:55 da manhã, agosto 04, 2006  

Enviar um comentário

<< Home