Não dou nada por mim: nem uma moeda pela metade, nem uma guitarra que tome ópio para conseguir cantar. O músico sabe do que estou a falar. A madeira flutua e não afunda os tristes, o sonho voa acima das cabeças e cai arrastando os que antes eram felizes. Não sei, fui. Dei e perdi. Coisas tristemente feias, ensinem-me a morrer como uma flor. Sou já sem cor, mas prendem-me ainda à vida demasiadas veias. Demasiados ramos, demasiado amor... Renunciei a beleza que ilude para abraçar sentimentos que não conhecem e que jamais conhecerão o sonho.
Não sabes das minhas contas com o Diabo, das dívidas que eu tenho para com a criatura que me acolhe, por eu te querer tanto bem. Estou aqui para aprender a ver mal em amar, para descobrir que em cada céu azul se esconde um réu castigado por severas tempestades.
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