Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

terça-feira, agosto 01, 2006

Arquitecturas do passado

O meu sorriso era demasiado grande para o conseguires segurar no alto Tão feliz, tão verdadeiro, tão pesado nas tuas mãos... Não havia arquitectura que lhe valesse, os alicerces eram apenas de sonho e o sonho voa como os beijos que me sopraste da palma da tua mão. O sorriso também estava lá, mas tu não o viste. Caiu no chão, enquanto os beijos me tocavam.

Um fim é sempre um fim, pede lágrimas. A fatalidade diz que é para todo o sempre e o que o meu espírito sente é o esmorecer do único bem que uma vida dolente possuía. Perdi a conta aos dias em que aquele sorriso me aquecia, e os outros recuso contá-los. A felicidade só vale a pena se não esconder tristeza... Se a bailarina soubesse que se levantava para cair jamais se teria erguido, acredita. Como temia em idos tempos em que seguravas o meu sorriso, ela chora agora a um canto dos meus sonhos... eles já nem sequer o são. Tirei-lhe os sapatos para que ela aprenda a não ir a lado algum.
Moliére enlouqueceu ao ver um palco imenso vazio, encheu-o com a fragrância da amada para sentir que a actriz que dançou consigo à chuva ainda continua junto a si. Essa luz, Moliére, apagou-se. A orquestra calou-se. Como o meu jardim... tão cheio de vida, antigamente. Agora, as flores vão morrendo segundo a cadência da minha respiração. Uma das árvores desapareceu e a outra vai sangrando com saudade. No lago, ouvi dizer que a sereia se afogou em lágrimas enquanto te tentava beijar.

Se as minhas lágrimas fossem sangue... O amor foi tanto e agora o que trago no coração nada é. Passo pelo meu sorriso e digo-lhe adeus, conto-lhe que a arquitectura da alegria é a que mais se magoa.

Fim.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O resumo d tua vida em arquitecturas d passado!
Tudo isto e q verdade d tua existencia.

*Adoro-t Sister*
Cat

9:41 da tarde, agosto 09, 2006  

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