Chuva Sobre Cinzas

E houve um dia em que tudo parou. Olharam a chuva como a redenção, como o renascer das suas vidas. Antes, tudo havia sido cinzas, morte... É tempo de viver. Sacode as cinzas, apaga o fogo que ainda arde nos teus olhos. Pega nas tuas armas e luta a meu lado. Sorri! Chove sobre as cinzas!... Sofia Neves, Mary Of Silence.

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Localização: Torres Novas, Portugal

Tudo o que não sou. Um pedaço de nada que procura (ser) algo. Uma flor branca enegrecida pelo tempo, um jardim de Inverno, uma rosa em Dezembro. Espelho quebrado, diz-me quem eu sou, que realidade é a minha. Pois não sei quem sou, nem onde estou. Apenas sei quem fui e o lugar soalheiro que deixei para trás...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Rouxinol Preto
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Amantes que não podem voar, fujam do amor de cada vez que o vosso coração pressentir que o irão encontrar. Pobre rouxinol preto, tanto que ele me avisou da dor que eu poderia conhecer, da força que poderia perder... Eu dormia sem sonhos que dele não fossem, não por escolha: somente pelo inebriamento do amor. O tempo tinha horas, tinha dias, tinha o valor que ele bem lhe conhecia. Agora o tempo é pó e leva-o o vento. Bem sei, rouxinol, a tua música terminava num ferido desalento, tanto sangue derramado sobre o meu, nas noites que se desfizeram em lágrimas e em ecos repetidos de tristes prantos.

Conheço-a bem: amigos, ela não é ninguém e, na desconfiança da miséria, parece que custa dar o que quer que seja a quem nada tem. Ela possui apenas um coração inútil que à desgraça do ser a arrasta, e um rouxinol preto que lhe grita e implora a música da alegria, mas ela olha nos vidros a chuva e as glórias perdidas e chora, e chora...
Não que seja paixão, antes a fria carícia da saudade da sua ternura. O rouxinol preto a avisou que o amor era doçura que lhe traria à sua vida negras brumas, tão negras quanto as suas plumas. Mas ela, embevecida nos encantos, nunca o ouviu, e sabe agora dos seus enganos.

O amor foi a mais linda cama onde sonhou e a mais triste cova onde se deitou. Amantes de asas quebradas, as s
audades de tocar o céu e de ser amada são por mim partilhadas.
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Painting by Manuel Sosa.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Não que seja paixão, antes a fria carícia da saudade da sua ternura. O rouxinol preto a avisou que o amor era doçura que lhe traria à sua vida negras brumas, tão negras quanto as suas plumas."

Que saudade de um Amor...
kisses Princess Sister*
Cat*

8:22 da tarde, novembro 10, 2006  
Blogger Mary Of Silence said...

Amantes de boas e fortes asas, têm-nas para voar, cair e logo de seguida se levantarem. Deixem o receio para quem sabe que, se cair, não se poderá mais levantar.

Saudades para aqueles que podem voar? Só se for do futuro...

1:54 da tarde, novembro 11, 2006  

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